Luiz Felipe Carvalho - Doctoralia.com.br

Coluna e
suas patologias

Coluna vertebral

A coluna vertebral é composta por 33 vértebras e pode ser dividida em quatro áreas. Sete vértebras cervicais, doze dorsais (ou torácicas), cinco lombares, cinco vértebras unidas que formam o sacro e quatro vértebras unidas que formam o cóccix. Entre cada vértebra há uma espécie de “amortecedor” chamado disco intervertebral. Estes discos permitem que uma vértebra se movimente sobre a outra, além de proteger a coluna ao absorver impactos.

Patologias da coluna

Degeneração Discal

Assim como todas as partes de nosso corpo, os discos intervertebrais também degeneram, ou seja, envelhecem. Os discos intervertebrais envelhecem acentuadamente, degenerando e perdendo suas características normais, muitas vezes causando problemas.


A degeneração discal é um processo normal, que envolve as duas regiões do disco o núcleo pulposo e o ânulo fibroso. A condição gerada é chamada de doença degenerativa do disco (DDD) e pode acontecer na região cervical, lombar e/ou torácica. Com a idade ocorre a desidratação e o ressecamento do disco intervertebral, particularmente o núcleo pulposo, o que gera o seu desgaste. Essas alterações normalmente iniciam na terceira década da vida e tornam-se importantes em indivíduos idosos. O núcleo se torna quebradiço e perde a capacidade de amortecimento. O disco intervertebral perde altura (colapso do disco) e normalmente formam-se abaulamentos, protrusões e hérnias discais, que podem levar os sintomas para os membros superiores ou inferiores.

Mas nem toda alteração do disco intervertebral é candidata para cirurgia. A grande maioria dos casos de degeneração discal é resolvida através de tratamento conservador não cirúrgico. Mas nos casos em casos em que o paciente não é beneficiado por estes tratamentos por pelo menos seis meses pode ser considerado o tratamento cirúrgico.

Para problemas de degeneração do disco, as cirurgias mais indicadas são procedimentos onde há a retirada da fonte direta de dor e causadora de dores secundárias (compressões de canal medular e de raízes nervosas, e mau-alinhamento das vértebras): o disco intervertebral. Nestes procedimentos, o disco pode ser substituído por um calço, aumentando a separação entre vértebras e liberando as estruturas nervosas de uma compressão. Assim, há o alívio da dor causada pela doença. Na artrodese, o calço estabiliza e fusiona o nível afetado e pode ser de forma minimamente invasiva pelo acesso lateral.

Dor Facetária

As facetas articulares são pequenas articulações que conectam as vértebras na parte posterior da coluna. Também são conhecidas como articulações zigoapofisárias. Sua função principal é proporcionar estabilidade rotacional.
Como qualquer outra articulação do corpo, as articulações facetárias podem originar dor, seja por processos de desgaste articular (artrose facetária), seja por estados inflamatórios. O desgaste das articulações facetárias é um processo normal do envelhecimento, apenas em algumas pessoas ele se torna um problema, provocando sintomas dolorosos, que caracterizam a dor facetária.

Perguntas Frequentes

Quais são os sintomas e sinais da Dor Facetária?

Cervicais:

A sintomatologia é de dor ao nível do pescoço e das escápulas. Esta pode se irradiar para perto dos ombros. A dor normalmente piora com a extensão do pescoço e durante a palpação local.

 

Lombares:

Dor lombar que pode irradiar até a região posterior de coxa. Dor com piora a hiperextensão da coluna e melhora a flexão da coluna.

Como é feito o diagnóstico da Dor Facetária?

Radiografia avalia a artrose das articulações.

Ressonância magnética avalia a presença de líquido e grau de artrose facetária.

Quais os tratamentos para a Dor Facetária?

Ainda não existem tratamentos para curar o desgaste das articulações. As técnicas tem por objetivo aliviar a dor crônica que se origina do desgaste ou inflamação das articulações facetarias.

 

Infiltração Facetária 

A infiltração facetária consiste em puncionar a articulação facetária (ou pontos muito próximos da articulação) com uma agulha e aplicar medicações anestésicas e anti-inflamatórias no local. De certa forma, é um procedimento semelhante às infiltrações usadas no tratamento de patologias de joelho ou ombro. O objetivo do procedimento é o alívio temporário dos sintomas, embora, em alguns casos, esse alívio possa ser bastante duradouro. Esta é uma técnica percutânea, feita sem necessidade de hospitalização.

 

Denervação Facetária por Rádio-Frequência

Nesta técnica, um eletrodo em forma de agulha é colocado sobre os pequenos nervos que transmitem a dor das articulações facetárias desgastadas. Estes eletrodos são ligados a um aparelho de rádio-freqüência, que fornece uma quantidade controlada de energia, fazendo a coagulação destes nervos. A destruição destes pequenos ramos nervosos leva a uma anestesia das aticulações dolorosas.

É bom frisar que os ramos nervosos destruídos no procedimento são minúsculos, estando envolvidos apenas com a dor das articulações facetárias. Não são os mesmos nervos que levam a sensibilidade e o movimento das pernas ou braços, por isso o procedimento é bastante seguro.

A denervação facetária por rádio-freqüência também é uma técnica percutânea, feita sem necessidade de hospitalização, e sua vantagem sobre a infiltração facetária é uma maior durabilidade dos resultados.

 

Cirurgia de atrodese minimamente invasiva

Paciente que apresenta dor associada a pequenas instabilidades a artrodese minimamente invasivas com sistemas dinâmicos apresentam bons resultados.

Escoliose

Escoliose é um desvio tri-dimensional da coluna e dos arcos costais (ou costelas). A deformidade resultante lembra o formato de uma escada em espiral.
A curvatura resultante é, portanto, uma resposta a um movimento torsional de toda a coluna vertebral. Geralmente, diz-se que a coluna adquire a forma de um “S”.

A escoliose também consiste de uma rotação importante das vértebras na convexidade (parte de fora) da curva. Isto explica, em parte, a formação da giba torácica (proeminência dos arcos costais num lado do tórax) e da giba lombar (pelo deslocamento dos músculos que estão acima das vértebras.

Este problema não está associado, de forma alguma, a problemas posturais ou ao uso de mochilas.

Perguntas Frequentes

Como a escoliose afeta seu corpo?

Um ombro é geralmente mais alto que o outro devido à curvatura escoliótica. Uma das escápulas pode ser mais proeminente que a outra.

 

Os seios podem parecer assimétricos. Um deles, geralmente o direito, pode não parecer tão desenvolvido quanto o outro, devido à deformidade na região torácica. A escoliose e a alteração dos arcos costais pode causar um giba (corcunda) na região dorsal. A linha da cintura está desviada e é mais aberta na concavidade da escoliose.

 

Um quadril pode ser mais alto que o outro devido a diferença no comprimento dos membros inferiores ou deformidade do osso do quadril. Esses problemas, algumas vezes, estão associados a escoliose. Dor nas costas, apesar de incomum, pode estar presente na escoliose.

Quais os tipos de escoliose?

Existem três tipos principais de escoliose.

1) ESCOLIOSE IDIOPÁTICA Idiopática significa que a causa exata desta condição é desconhecida. 80% dos pacientes com escoliose sofrem de escoliose idiopática.

2) ESCOLIOSE CONGÊNITA Este tipo de escoliose é secundário a uma deformidade na vértebra, que está presente ao nascimento e é visível em radiografias.

3) OUTROS TIPOS DE ESCOLIOSE Escoliose Neuromuscular resulta de uma doença neurológia, muscular ou neuromuscular. Escoliose Pós-Traumática pode ocorrer após fratura da coluna, secundária à lesão das estruturas ósseas.

Progressão natural da Escoliose Idiopática

Ao nascimento, a coluna vertebral está alinhada. A deformidade da coluna pode começar logo aos primeiros anos de vida, mas na maioria das vezes não aparece até o início da puberdade (por volta dos 10 anos de idade). A escoliose atinge seu período máximo de deformação entre os 10 e 14 anos de idade, que coincide com o estirão de crescimento da adolescência (período de crescimento rápido que ocorre no início da puberdade).

A escoliose afeta 2 a 4% da população.

Cinco em cada 1000 pessoas têm curvas maiores que 20 graus. Uma em cada 1000 pessoas tem curva maior que 40 graus. Entre os adolescentes, a escoliose afeta meninos e meninas na mesma proporção, se levarmos em consideração curvas menores que 10 graus. Entretanto, a medida que a gravidade da escoliose aumenta, a proporção de meninas acometidas em relação a meninos também aumenta.

Se uma menina não teve sua primeira menstruação (ou menarca), existe uma chance de 50% de que a escoliose irá progredir. Se ela já teve a menarca, a chance de que a escoliose progrida é de 20%.

O início dos ciclos menstruais indica que a jovem já encerrou seu estirão de crescimento e que a fase de deformação rápida da escoliose está no fim. No sexo masculino, este período corresponde à mudança no timbre da voz e ao aparecimento de pelos pubianos. O final do crescimento ocorre entre os 16 e 17 anos nas mulheres e entre os17 e 18 anos nos homens.

Cirurgia: por que e quando?

Como já foi explicado, a escoliose progride e piora durante o estirão de crescimento. Além disso, algumas curvas pioram mais que as outras, e algumas curvas pioram mesmo com o uso do colete.

O uso do colete visa conter a progressão da curvatura escoliótica durante o estirão de crescimento, mesmo que posteriormente haja necessidade de cirurgia.

Os objetivos da cirurgia são os seguintes:

– Redução da curvatura

– Bloqueio da progressão da deformidade

– Prevenção de problemas cardio-respiratórios e neurológicos

– Melhor aparência estética do paciente

– Melhor qualidade de vida no futuro

A cirurgia geralmente é capaz de reduzir a escoliose em 50 a 70%, mas não necessariamente retira a gibosidade dorsal. O principal objetivo da cirurgia é realinhar a coluna através de implantes metálicos inseridos permanentemente nas vértebras. Estes implantes auxiliam na redução da deformidade e da gibosidade dorsal. Esta última diminui com a cirurgia, mas raramente desaparece por completo. Em casos onde a gibosidade é muito grande, o cirurgião pode propor uma cirurgia alternativa para a sua correção.

Nenhuma cirurgia para escoliose é obrigatória se não há risco de vida ao paciente. Entretanto, curvas maiores que 40-50 graus tendem a progredir mesmo após o final do crescimento.

Grandes deformidades podem levar a problemas cardio-respiratórios e a dor crônica. Além disto, quanto maior a curva, mais difícil é a correção e menor a redução da deformidade; os resultados não são tão bons quanto as cirurgias para curvas menores, e os riscos cirúrgicos também aumentam.

Vantagens da Cirurgia no Adolescente

PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS: uma escoliose grave, se deixada sem tratamento, pode resultar em problemas respiratórios devido à deformação progressiva do tórax, por volta dos 40-50 anos de idade.

FLEXIBILIDADE DA COLUNA: normalmente nosso corpo é mais flexível quando somos mais jovens. O mesmo se aplica à coluna vertebral, facilitando a correção cirúrgica e o realinhamento da coluna.

ALTERAÇÕES ESTÉTICAS: com a progressão da escoliose, a gibosidade dorsal torna-se mais pronunciada, o tronco pode aparentar estar deslocado lateralmente em relação aos quadris, um seio pode ficar mais proeminente que o outro, e a linha do quadril torna-se assimétrica. Todas essas alterações somadas podem causar problemas psicológicos ao paciente.

MELHOR FORMA FÍSICA E RECUPERAÇÃO MAIS RÁPIDA: de uma maneira geral, temos uma melhor saúde quando jovens, com uma recuperação mais rápida e menor risco de complicações. Ainda, é muito mais fácil se recuperar de uma cirurgia quando não existem obrigações (trabalho, filhos, casa, etc…). Se um adolescente requer semanas para se recuperar de uma cirurgia, um adulto pode necessitar de vários meses de recuperação.

Espondilolistese

O termo espondilolistese é usado para descrever várias doenças da coluna onde uma vértebra escorrega saindo do alinhamento normal com a outra vértebra.

Perguntas Frequentes

Causas da Espondilolistese

Existem cinco causas de espondilolistese:

Istímica

Fratura por stress do pars articular vertebral ocorrendo mais comumente entre a idade de 5 e 8 anos e também é um importante diagnóstico diferencial entre atletas com queixa de dor lombar.

Degenerativo

Nesse caso o escorregamento ocorre por uma alteração degenerativa das facetas articulares que evoluem com uma frouxidão e perda da sustentação do alinahmento vertebral.

Congênita

Alterações importante na coluna vertebral propiciando o escorregamento vertebral.

Tumor e infecções

Causando destruição em alguma estrutura da coluna vertebral propiciando o escorregamento.

Sintomas e Sinais da Espondilolistese

Dor Lombar que piora durante atividade física e melhora no repouso. A dor também é pior em pé ou andando

Dor Ciática devido a compressão de estruturas nervosas

Alterações de sensibilidade como: formigamento ou dormência em alguma região do membro inferior

Diagnóstico da Espondilolistese

– Radiografia da coluna no plano frontal e perfil possibilita o diagnóstico na maioria dos casos

– Tomografia computadorizada  solicitada para melhor avaliação da lesão do “pars articular” e na avaliação do potencial de consolidação em listeses de baixo grau

– Ressonância magnética lombar necessária quando o paciente apresenta déficit neurológico associado ou dor irradiada para membros inferiores, possibilitando uma melhor avalição das estruturas comprimidas

– Cintilografia óssea para avaliarmos o potencial de consolidação da espondilolise.

Tratamento da Espondilolistese

Conservador 

A maioria dos pacientes apresentam melhora da sintomatologia com o tratamento conservador onde  realiza-se o fortalecimento da musculatura do tronco ( abdominal, oblíquo e musculatura das costas ). 

O uso de medicações analgésicas e antinflamatórias no processo agudo. Pode-se também usar por curtos períodos órteses que ajudam no controle da dor.

Cirurgia

Caso o tratamento conservador não apresente resultado e/ou  persitência da dor nas costas ou dor irradiada para os membros inferiores. Também na progressão do grau de escorregamento.

Na faixa etária abaixo dos 18 anos há indicação quando o escorregamento é muito severo independente da sintomatologia do paciente

Técnicas

Abordagem anterior com uso de Cage e placa. Abordagem posterior com o uso de descompressão e estabilização com parafusos pediculares. 

Estenose de Canal Lombar

Estenose lombar é o estreitamento do canal vertebral na região lombar. O canal vertebral contém a medula espinhal desde a porção cervical até a porção lombar alta.

A porção média e a inferior do canal lombar contém as raízes nervosas da chamada cauda eqüina. O canal estreito pode comprimir estas raízes e determinar sinais e sintomas neurológicos.

Perguntas Frequentes

Causas da Estenose

Congênita

Pacientes que apresentam estreitamento do canal vertebral por formação constitucional e devido protusões discais e leves alterações facetárias cursam precocemente com compressão das estruturas nervosas e sintomatologia dolorosa.

Adquirida 

Ocorre durante a vida em pacientes que devido a espondilodiscoartrose desenvolvem estreitamento do canal vertebral ocorrendo geralmente a partir da quinta década de vida.

Sintomas e Sinais da Estenose

Dor lombar

Dor irradiada para nádega ou membros inferiores

Alterações de sensibilidade

Dificuldade progressiva ao deambular denominada claudicação neurogênica

Perda de força em membros inferiores

Tronco encurvado anteriormente ao ficar em pé, postura esta que alivia a dor e melhora os outros sintomas

Diagnóstico da Estenose

– Radiografia avalia a curvatura da coluna vertebral e podemos realizar exames dinâmicos para observar instabilidade

– Ressonância magnética lombar evidencia com melhor clareza as estruturas nervosas comprimidas

– Tomografia Lombar solicitada para avaliar calcificações ligamentares, diâmetro do forâmen intervertebral e princilmante osteófitos comprimeindo o canal vertebral

– Mielotomografia: na impossibilidade de realizar ressonância magnética, e para avaliar instabilidade com compressão das estruturas nervosas

Tratamento da Estenose

Conservador

O tratamento conservador pode ser realizado como o uso de coletes, fisioterapia, fortalecimento muscular e manejo da dor com uso de medicações analgésicas ou mesmo infiltrações epidurais ou foraminais.

Diferente da hérnia de disco que o tratamento conservador apresenta bons resultados na estenose de canal lombar muitas vezes a melhora não é mantida por um longo período.

Cirurgia

Indicada quando o paciente não apresenta melhora com o tratamento conservador, piora da sintomatologia ou dor incapacitante.

As opções de tratamento dependerá do correto diagnóstico de quais níveis estão comprimidos para avaliarmos as opções cirúrgicas para a descompressão como procedimento minimamente invasivos ou cirurgias abertas.

Fraturas por osteoporose

A osteoporose é a doença óssea metabólica mais freqüente, sendo a fratura a sua manifestação clínica. É definida patologicamente como “diminuição absoluta da quantidade de osso e desestruturação da sua microarquitetura levando a um estado de fragilidade em que podem ocorrer fraturas após traumas mínimos”. É considerada um grave problema de saúde pública, sendo uma das mais importantes doenças associadas com o envelhecimento.
A fratura por osteoporose na coluna vertebral a dor pode ser de dois tipos: Uma é aguda, localizada, intensa, mantendo a paciente imobilizada e relacionada com fratura em andamento. Em situações de dor aguda, inicialmente ela pode ser mal localizada, espasmódica e com irradiação anterior ou para bacia e membros inferiores. A fratura vertebral pode ainda não ser observável com precisão em exame radiológico, dificultando o diagnóstico. A paciente se mantém em repouso absoluto nos primeiros dias. Mesmo sem tratamento, a dor diminue lentamente e desaparece após duas a seis semanas, dependendo da gravidade da fratura. Quando a deformidade vertebral residual é grave, pode permanecer sintomatologia dolorosa de intensidade variável ou esta aparecer tardiamente.

Também ocorrendo com freqüência, a dor pode ser de longa duração e localizada mais difusamente. Nestes casos, ocorreram microfraturas que levam a deformidades vertebrais e anormalidades posturais e conseqüentes complicações degenerativas em articulações e sobrecarga em músculos, tendões e ligamentos.

Nova fratura vertebral é comum, repetindo-se o quadro clínico. Nas pacientes com dor persistente, esta se localiza em região dorsal baixa e/ou lombar e, freqüentemente, também referida a nádegas e coxas. Nesta etapa da evolução da doença as pacientes já terão sua altura diminuída em alguns centímetros às custas das compressões dos corpos vertebrais e do achatamento das vértebras dorsais.

Perguntas Frequentes

Tratamento das fraturas por osteoporose

As drogas utilizadas no tratamento da osteoporose atuam diminuindo a reabsorção óssea ou aumentando sua formação como os  agentes anti-reabsortivos, estrógeno, Calcitonina e Bisfosfonatos , Cálcio, Vitamina D3.

Também devemos orientar no paciente com osteoporose o exercício físico e a prevenção de queda.

Quando ocorre a fratura vertebral devemos instituir o tratamento com medicações analgésicas, coletes, fisioterapia. Não melhorando o quadro de dor ou em casos onde a dor é incapacitante temos como opção de tratamento a vertebroplastia e a cifoplastia.

Hérnia de disco cervical

A Hérnia de Disco Cervical ocorre quando o disco intervertebral sofre uma ruptura na sua parte externa com o extravasamento do conteúdo interno “ núcleo pulposo” causando uma compressão de alguma raiz nervosa cervical.

As raízes cervicais são responsáveis pela inervação sensitiva e motora dos membros superiores, então a sua compressão pode ocasionar dor, formigamento, anestesia, perda de força na região do membro superior em que a raiz é responsável.

Perguntas Frequentes

Sintomas e Sinais da Hérnia de Disco Cervical

Dor cervical com irradiação para musculatura do trapézio e algumas vezes até a escápula.

Dor irradiada para o membro superior que geralmente piora quando esticamos o braço e melhora quando o levantamos

Parestesia “formigamento” em alguma região do membro superior -Diminuição de sensibilidade

Diminuição dos reflexos nos membros superiores

Diminuição de força em membro superior restrito a região do membro superior inervada pela raíz nervosa comprimida

Na hérnia de disco cervical esses sintomas podem apresentar-se isolados ou associados dependendo da evolução e gravidade do caso.

Tratamento da Hérnia de Disco Cervical

A maioria dos casos melhora com o tratamento conservador uso de medicações analgésicas e fisioterapia e bloqueios de dor. Não havendo melhora indica-se o procedimento cirúrgico.

Os bloqueios de dor radicular e epidural podem ser uma opção para o tratamento da dor sem a necessidade de cirurgia.

A nucleoplastia cervical apesar de uma opção no tratamento tem uma indicação restrita aos casos em que não há ruptura do ligamento longitudinal posterior, ou seja na protusão de disco.

O tratamento cirúrgico pode-se ser realizado através de cirurgias minimamente invasivas com mini-incisões e a colocação de próteses ou cages intervertebrais.

Hérnia de Disco Lombar

A coluna vertebral é constituída pelas vértebras e entre elas há o disco intervertebral que é responsável pelo amortecimento do impacto e ajuda também na movimentação e resistência da coluna. O disco é constituído por duas partes o ânulo fibroso e o núcleo pulposo que tem a aparência de um gel. Quando o disco intervertebral sofre uma ruptura na sua parte externa “anulo fibroso”  permite que o material que esta no seu interior “gel” saia, comprimindo uma das raízes do nervo ciático. A dor inicia-se devido a essa compressão causando uma isquemia na raiz nervosa ou devido a irritação desse material “gel” na raiz nervosa.
O principal sintoma é conhecido como ciática, que consiste na dor irradiada para as pernas. Dependendo da raiz nervosa atingida pela hérnia, a dor será irradiada para uma área específica do membro, o que deverá ser diagnosticada pela avaliação clínica e confirmada pelos exames de raios-x, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Perguntas Frequentes

Causas da Hérnia de Disco Lombar

Fatores genéticos associados normalmente ao sobrepeso, cigarro, atividades repetitivas intensas, trauma, sedentarismo, manter uma posição de trabalho por longo período.

Sintomas da Hérnia de Disco Lombar

Pode iniciar com quadro de dor lombar e/ou dor irradiada para o membro inferior, alteração da sensibilidade “formigamento”  “dormência”  “anestesia” em alguma região do membro inferior. Quando há uma piora do quadro pode ocorrer associado uma diminuição de força em algum movimento das pernas.

Exames

Radiografia: primeiro exame na investigação das diversas patologias da coluna lombar, proporcionando uma boa visão da anatomia da coluna e alterações degenerativas como alterações das facetas articulares e deformidades.

Ressonância magnética lombar: Permite uma boa visão do disco, mostrando com clareza a hérnia de disco e a compressão das estruturas nervosas. Também demonstra alterações iniciais degenerativas do e protusões discais.

Tratamento da Hérnia de Disco Lombar

Conservador 

Medicação – Dependendo da intensidade da dor diversas medicações podem ser utilizadas antiinflamatórios, corticóides, analgésicos opióides. Também pode associar relaxantes musculares na presença de contraturas musculares.

Fisioterapia – diversos recursos podem ser utilizados inicialmente métodos físicos calor, gelo, alongamento, tração. Após o quadro agudo introdução de exercícios posturais, fortalecimento muscular.

Injeções – infiltrações guiadas por radioscopia ou tomografia

Cirúrgico

Procedimentos endoscópicos para retirada do fragmento discal.

Laminectomia minimamente invasiva  com a utilização de microscópico.

Ressonância magnética lombar: Permite uma boa visão do disco, mostrando com clareza a hérnia de disco e a compressão das estruturas nervosas. Também demonstra alterações iniciais degenerativas do e protusões discais.

Lombalgia e Lombociatalgia

A lombalgia é um problema extremamente comum, que afeta mais pessoas do que qualquer outra afecção, à exceção do resfriado comum. Entre 65% e 80% da população mundial desenvolve lombalgia em alguma etapa de suas vidas, mas a maioria dos episódios não é incapacitante. Mais da metade de todos os pacientes com lombalgia melhora após 1 semana; 90% apresentam melhora após 8 semanas; e os restantes 7% a 10 % continuam apresentando sintomas por mais de 6 meses.
Ela pode ser acompanhada de dor que se irradia para uma ou ambas as nádegas ou para as pernas na distribuição do nervo ciático (dor ciática). Lombocitalgia, dor na parte baixa das costas (lombar) que também acomete o trajeto do nervo ciático, ou seja, a dor que começa na coluna lombar baixa e vai para uma ou as duas pernas. Esta dor é chamada ciática porque vem da pressão no nervo ciático (dor radicular). Este nervo normalmente começa na parte mais baixa das costas, então se espalha pelas nádegas e corre em direção à coxa e à perna. A dor ciática fica tipicamente pior se a paciente tosse, espirra, abaixa ou movimenta as costas de forma súbita. Freqüentemente a dor ciática pode ser aliviada com o repouso e pode piorar ao dirigir ou carregar peso. Além disso, pode ocorrer diminuição da sensibilidade, formigamento ou fraqueza muscular nas nádegas e/ou na perna do mesmo lado da dor.

Perguntas Frequentes

Causas da Lombalgia

A degeneração dos discos intervertebral talvez seja a principal causa da dor

Degeneração das facetas articulares

Deformidades do tronco

Espondilolistese “escorregamento vertebral”

Uso excessivo das estruturas lombares (resultando em entorses e distensões)

Doenças sistêmicas com dor referida em região lombar

Sedentarismo

Fatores psicossociais

Esforços repetitivos

Excesso de peso

Posição não ergonômica no trabalho

Diagnóstico da Lombalgia

Uma vez que a maioria dos casos de lombalgia é auto-limitada, o diagnóstico por imagem raramente é necessário. Os fatores que levam ao início da dor, bem como a natureza e a duração da dor, propiciam importantes pistas para a busca da provável causa

Deve-se solicitar exames de imagem para a obtenção do diagnóstico quando a dor persiste por mais de duas semanas e os exames que podem ser solicitados são: radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, cintilografia óssea. Os exames laboratoriais devem ser solicitados quando a dor apresenta características inflamatórias.

Tratamentos da Lombalgia

Conservador

Nenhuma forma isolada de tratamento é eficaz para todas as formas de lombalgia. Quando a dor é causada por uma doença sistêmica, o tratamento deve ser direcionado ao problema subjacente; entretanto, na grande maioria dos casos, os pacientes apresentam lombalgia em virtude de um problema mecânico que não pode ser identificado, por isso é extremamente importante o acompanhamento médico para estabelecer o diagnóstico preciso.

De maneira geral o  tratamento da lombalgia “mecânica” deve ser realizado quando:

Aguda 

Repouso no leito não superior a 4 dias com passeios tão logo seja tolerado

Alívio da dor com analgésicos ou AINEs

fisioterapia

Exercício aeróbico leve durante as primeiras 2 semanas de tratamento, seguido por exercícios musculares do tronco

Retorno às atividades profissionais e de recreação usuais tão logo seja possível.

Essas diretrizes levam em consideração o histórico natural da lombalgia que está associado à melhora sintomática na grande maioria dos pacientes após 2 meses do início dos sintomas.

Crônica

Baseia-se no alívio das causas e pode incluir perda de peso, exercícios para melhorar o tono e a resistência musculares e melhora da postura.

Os analgésicos podem ser utilizados para aliviar a dor, porém o uso crônico de narcóticos opióides deve ser evitado. A injeção nos tecidos moles com corticosteróides e anestésicos locais pode propiciar alívio da lombalgia crônica associada a síndrome miofacial ou fibromialgia.

O uso de antidepressivos pode ser utilizado associado a analgésicos e relaxantes musculares.

Importante: a melhora postural e em alguns casos acompanhamento psicológico.

 

Cirúrgico 

Em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária para aliviar a dor intratável ou a dor conseqüente a anormalidades estruturais.

Mielopatia cervical

A mielopatia cervical é a lesão da medula espinhal, devido a compressão da medula espinal na altura do pescoço,  em conseqüência da “espondilose” ou artrose cervical intervertebral que diminuem o espaço que a medula ocupa no canal vertebral. Ela pode se manifestar com fraqueza, espaticidade, perda de equilíbrio e incontinência urinária.

Perguntas Frequentes

Causas da Mielopatia Cervical

O processo ocorre devido a hipertrofia de ligamento, facetas  articulares e protusões de disco que levem a redução do espaço que a medula ocupa no canal vertebral.

Degeneração das facetas articulares

Deformidades do tronco

Espondilolistese “escorregamento vertebral”

Uso excessivo das estruturas lombares (resultando em entorses e distensões)

Doenças sistêmicas com dor referida em região lombar

Sedentarismo

Fatores psicossociais

Esforços repetitivos

Excesso de peso

Posição não ergonômica no trabalho

Sintomas e sinais da Mielopatia Cervical

O processo geralmente é evolutivo inciando com quadro de alterações sensitivas como amortecimento em membros superiores e evoluindo com dificuldade de realizar movimentos finos das mãos como abotoar uma camisa.  As alterações motoras ocorre uma diminuição de força geralmente evolutiva. Os reflexos estão aumentados chamada hiperreflexia e espasticidade sensação que o paciente tem de estar mais rígido o que é o responsável na maioria dos casos pela dificuldade de deambulação.

Diagnóstico da Mielopatia Cervical

Radiografia – importante para observarmos a curvatura da coluna cervical e o processo espondilótico

Ressonância magnética – avalia a estrutura da coluna em relação aos tecidos moles e também o grau de sofrimento medular

Tomografia – avalia a calcificação do disco, ligamentos, presença de osteófitos e avalia a hipertrofia das facetas articulares

Exames neurofisiológicos – avalia o comrpometimento da medula e raízes nervosas e importante no diagnóstico diferencial

Diagnóstico diferencial

Tumores

Doenças desmielinizantes

Doenças neuro degenerativas

Patologias da transição occipito-cervical

Infecções

Tratamento da Mielopatia Cervical

Conservador 

Principalmente se os sintomas não estão evoluindo.

Cirurgia 

Quando os sintomas estão evoluindo apesar do tratamento conservador, tendo diversos autores que ao compararem o tratamento cirúrgico com o conservador mostraram um melhor resultado nos pacientes que realizaram cirurgia. A cirurgia é realizada através de descompressões por via anterior ou posterior dependendo de cada caso.

Sacroileíte

A sacroileíte é uma inflamação das articulações sacro ilíacas. Estas conectam a parte inferior da coluna com a pélvis. Nesta patologia, até mesmo pequenos movimentos da coluna podem ser extremamente desconfortáveis e dolorosos.

Perguntas Frequentes

Causas da Sacroileíte

Reumáticas sendo a mais comum a espondilite anquilosante

Trauma

Artrite degenerativa

Processos infecciosos

Sobrecargas após artrodese em coluna vertebral

Sintomas da Sacroileíte

Dor lombar baixa que pode irradiar para coxa e panturrrilhas

Dor que piora com a deambulação

Rigidez em região de coluna vertebral baixa

Tratamentos da Sacroileíte

Fisioterapia

Medicações

Bloqueio sacroilíaco

Radiofreqüência sacroilíaca

Artrodese da articulação sacroilíaca

Osteófitos
(Bico de Papagaio)

Mesmo antes de aparecerem os osteófitos marginais, os discos intervertebrais (“amortecedor” entre as vértebras) já envelhecem, desgastando e perdendo suas características normais. Com o desgaste da articulação vertebral (degeneração do disco intervertebral) acontece a instabilidade do segmento da coluna, e assim micromovimentação de forma anormal. Na tentativa de estabilizar e fusionar este nível doente da coluna o corpo humano faz crescer osso. Assim ocorre a formação óssea nas bordas articulares, à frente e/ou para ao lado do disco intervertebral. Esse novo osso é o osteófito marginal, comumente chamado de bico de papagaio.

Nos casos onde existem os osteófitos, provavelmente os discos estão desgastados e há instabilidade do nível. Os sintomas geralmente não são diretamente causados pelo bico de papagaio e sim pelas alterações relacionadas. O principal sintoma associado é dor próxima ao local, podendo ou não apresentar sinais neurológicos dependendo da sua localização.

Em quadros de dor aguda podem ser usados medicamentos (também em forma de injeções espinhais) ou fisioterapia para corrigir problemas musculares. Para casos crônicos, de longa história de dor, a estabilidade do nível afetado através de artrodese pode ser benéfica.

Perguntas Frequentes

Tratamento conservador

O tratamento conservador visa o fortalecimento das estruturas da coluna, adiando ou às vezes até mesmo evitando o tratamento cirúrgico. Dentre os tratamentos conservadores enquadram-se o repouso e antiinflamatórios na fase aguda, fisioterapia na fase pós-aguda e exercícios físicos para o fortalecimento da musculatura vertebral na fase tardia, tais como flexão, extensão, abdominal e exercícios na água. Existe também alternativa de realizar procedimentos de injeção estrategicamente aplicadas, aliviando dores locais e irradiadas.

A liberdade de movimentar-se sem dor!

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