As lesões na coluna vertebral são danos nos ossos, discos ou tecidos da coluna, que,a depender da sua localização ou profundidade podem afetar diretamente o Sistema Nervoso Central, o que pode gerar dores crônicas, paralisia, perda de sensibilidade e disfunções motoras. Apesar da sua gravidade, os tratamentos disponíveis atualmente, baseados em medicamentos, fisioterapia e dispositivos ortopédicos, possuem baixa eficácia, principalmente em casos mais graves.
Por isso, cada vez mais novas tecnologias têm sido pensadas para melhorar os tratamentos disponíveis para esses casos, uma das principais são as terapias regenerativas com células tronco.
O novo estudo “Desenvolvimento urbano sustentável em saúde: integrando pesquisas em células – tronco para lesões na coluna”, publicado na Revista Políticas Públicas e Cidades pelo Pós PhD em neurociências e membro do Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela em parceria com o neuro-ortopedista, Dr. Luiz Felipe Carvalho, se dedica a estudar o tema e as novas tecnologias usadas no método.
“Células-tronco possuem a incrível capacidade de se diferenciar em diversos outros tipos celulares e se autorrenovar, o que já é bastante usado para regenerar tecidos e recuperar lesões. Elas podem ser extraídas do próprio paciente e cultivadas em laboratório para externo no local de alguma lesão ou dano celular para recuperá-lo”.
“Quando se trata de lesões especificamente na coluna vertebral é preciso considerar que há estruturas diretamente ligadas ao Sistema Nervoso Central sobre as quais ainda não se sabe exatamente o poder de regeneração das células tronco, principalmente quando estão associadas a lesões encefálicas, mas está sendo alvo de diversas pesquisas para melhorar o processo”, explica Dr. Fabiano de Abreu Agrela.
Riscos do tratamento
Apesar de ser uma abordagem com excelentes perspectivas de recuperação do paciente, existem alguns riscos importantes que devem ser observados, explica Dr. fabiano de Abreu.
“O tratamento com células-tronco, como qualquer outra cirurgia, possui alguns riscos como infecções, pelo uso de agulhas e manipulação de tecidos, e a possibilidade de rejeição do organismo, que é reduzida com o uso de células do próprio paciente”.
“A anamnese detalhada é essencial para verificar a adequação do paciente para o método e reduzir riscos futuros”, afirma.